Ratos de PorĂ£o

Nascer para liberdade,E crescer para morrer,Crucificados pelo sistema, Morrer sem esquecer,o povo que ficou.

Cätärro

No fundo das redes estĂ£o as correntes; desamarre-as ou sua vida se resumirĂ¡ em existir.

Napalm Death

As corporações multinacionais,obtĂªm seus lucros das nações famintas Outro produto para vocĂª comprar,vocĂª continuarĂ¡ pagando atĂ© morrer

Dead Fish

Sem Cores decadentes,sem nenhum arranhĂ£o,um brilho nos dentes e um vazio no ar.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Entrevista exclusiva com Patrick Laplan sobre: Rodox e Projetos atuais


Foto Tirada por:Julia RamĂ´a

Patrick Laplan entre outras funções Ă© compositor de trilhas sonoras para filmes, multi-instrumentista, produtor produtor musical e compositor, jĂ¡ trabalhou com alguns dos maiores nomes da mĂºsica brasileira. Atualmente Ă© lĂ­der do grupo ESKIMO, foi o baixista da formaĂ§Ă£o clĂ¡ssica do Rodox e gentilmente se ofereceu para nos ceder essa entrevista.


1. RF - Qual Ă© a lembrança mais antiga que vocĂª tem em relaĂ§Ă£o Ă  mĂºsica?

Patrick Laplan-Meu pai ouvindo Erasmo Carlos e Caetano. Meu tio Ramones e Prince, meu avĂ´ clĂ¡ssico. Eu...video-game. DaĂ­ certamente veio a influĂªncia de 8-bits.

2. RF - Quais sĂ£o as suas influĂªncias musicais?

PL-Essa nĂ£o, pelo amor de Deus.

3. RF – E o que vocĂª tem ouvindo ultimamente?

PL-Tono, Jamie Cullum, Dear Hunter, José James, Meshuggah, Dillinger Escape Plan.,Fiona,Van Halen, Rolling Stones, Nerve, ABBA.

4. RF - Atualmente, quais sĂ£o os seus projetos musicais?

PL -O Eskimo acabou esse ano, com um Ăºltimo show em agosto. LĂ¡ pro meio do ano que vem (2014) vou seguir de onde ele parou...mas esse monstro ainda estĂ¡ sem imagem definida. Mas vai ser mais divertido, isso eu garanto.
Estou fazendo a trilha do novo longa do Fellipe Gamarano, chamado Casa Grande. Produzindo o disco de estrĂ©ia da banda Planar. Gravei bateria, baixo e cello pro disco "Serviço", do Castello Branco. Gravei baixo em metade do disco do Real ImaginĂ¡rio, projeto do Rafael Rocha (Tono, Rabotnik, Brasov...). TambĂ©m saiu o disco do Green Express, que fui engenheiro de gravaĂ§Ă£o. Fiz uma participaĂ§Ă£o no EP O Homem Bom, da banda Medulla. Ahhh esse ano tambĂ©m saiu o disco novo do Biquini CavadĂ£o, gravei uma faixa. Ainda nesse ano tiveram vĂ¡rias sessões como freela no baixo. Que ano bom. 


5. RF - Em sua opiniĂ£o qual Ă© o papel da mĂºsica na sociedade, em especial para o povo brasileiro?

PL-A mĂºsica Ă© um ponto de conexĂ£o e reflexĂ£o, para o bem ou para o mal. Uma ferramenta de conduĂ§Ă£o emocional. Pode ser que vocĂª possa fazer sua direĂ§Ă£o, ou pode ser que a Coca-Cola e a Globo façam por vocĂª.

6. RF - Como vocĂª entrou para o Rodox?

PL-Fui indicado pelo produtor do primeiro disco, Tom Capone. JĂ¡ tinha trabalhado com ele em outros projetos, e ele quis jogar lenha na fogueira. Juntar um grupo forte criativamente, mas sem unidade estĂ©tica. Funcionou atĂ© certo ponto.


7. RF - Quais sĂ£o as boas lembranças que vocĂª tem dos tempos de Rodox? VocĂª poderia falar um pouco sobre cada um dos ex-membros do grupo e de sua relaĂ§Ă£o com eles?

PL-Eram boas viagens, muito companheirismo e zero estrelismo. Os shows eram muito MUITO viscerais e o pĂºblico muito colaborativo e participativo. A parte administrativa/empresariamento sempre foi capenga e ajudou a coisa a implodir, gerou atrito entre os integrantes.
Rodolfo era muito amigo, assim como sua esposa. Zero estrela, zero maluco, super engraçado e muito criativo (Fora o talento nato como compositor). Na real, Ă© o mesmo cara que eu conheci no Raimundos, mas com um beep de censura. Pode ter certeza que Ă© O MESMO cara. SĂ³ viu que estava tomando um caminho que ia terminar mal. Mas ainda pensa nas mesmas atrocidades que pensava. Muuuuito engraçado mesmo.
MarcĂ£o era o pai. Cuidava de todo mundo pra coisa fluir. Muito humilde e bom coraĂ§Ă£o. Alvo master de bullying meu e do Pedro.
Pedro Nogueira Ă© praticamente meu irmĂ£o mais novo. Foi meu parceiro na nanda Wacky Kids, e fui eu quem trouxe ele pro Rodox. Era uma mĂ¡quina de pular...e incentivava a banda a ser a pressĂ£o que era ao vivo. CoraĂ§Ă£o de ouro. Bom de estĂºdio. Na Ă©poca tinha uns dread muito xexelentos.
Fernando tambĂ©m. CoraĂ§Ă£o de ouro. Muito tĂ©cnico como todos sabem, e rĂ¡pido no estĂºdio. E queria que a banda fosse o HateBreed. Parceiro de copo.


8. RF - Ainda mantem contato com algum deles?

PL-Sim. Volta e meia trabalho com o Pedro Nogueira em algum projeto, alĂ©m de uma ensaiada reuniĂ£o do Wacky Kids, que estĂ¡ pra acontecer. FernandĂ£o raramente pelo Facebook. Tem pouco falei com o Rodolfo sobre surf, hĂ©rnia, pilates e participaĂ§Ă£o.

9. RF – Como foi a sua saĂ­da da banda?

PL-Na Ă©poca a banda estava sem unidade nenhuma. Cada um queria fazer uma coisa diferente do outro, cada um tinha uma visĂ£o diferente do que deveria ser o Rodox. Rodolfo tentou deixar a democracia reinar, e no caso nĂ£o foi uma boa idĂ©ia. Em dado momento o clima estava insustentĂ¡vel, daĂ­ saĂ­ eu e Pedro. 

10. RF - VocĂª acompanhou o fim da banda? Tem algo a compartilhar sobre isso?

PL-Achei engraçado o lance do Fernando isolar a bateria (Ă³bviamente porque eu nĂ£o estava lĂ¡), mas quando eu saĂ­ jĂ¡ era algo que parecia fadado a acontecer. Algumas entrevistas hilĂ¡rias do Canisso comparando nossos estilos de tocar.
Queria ter tocado no clipe de "Foi bom Esperar". Era uma das minhas favoritas do disco, refrĂ£o Weezer...com um baixo bem divertido.
O que foi mais triste foi o lado dos fĂ£s, que chegavam muuuuito junto. NĂ³s tĂ­nhamos um forum no site muito divertido. Conheci gente bem legal na Ă©poca da banda. Depois que saĂ­ do Rodox, nunca mais toquei em SĂ£o Paulo direito. Sinto falta disso. 


11. RF - E hoje em dia o que Ă© o Rodox pra vocĂª?

PL-Uma boa lembrança. Foi escola. Onde comecei a compor.

12. RF - Quais sĂ£o os seus projetos musicais para o futuro?

PL-O que brotar da carcaça do Eskimo...que ainda nĂ£o tem nome. 2014 eu penso nisso. Talvez algum outro projejto alĂ©m desse. SĂ³ vendo. Mas 2013 nĂ£o acabou nĂ£o. Tem muito trabalho pra fazer.

13. RF - Tem uma mensagem pra galera que ainda hoje curte o som do Rodox?

PL-Sem palavras. Obrigado por darem relevĂ¢ncias a essas mĂºsicas. Foram escritas de maneira muito honesta, como tudo deveria ser. Tem muita mensagem importante ali dentro. Muita vontade.
Quem sabe um dia...





Entrevista feita por: Denilson Rocha Oliveira para fan page ''Rodox frases'' e para nosso Blog ''Pedrada Hardcore''

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